Descrevendo constelações indígenas: resultados obtidos em oficinas numa escola tukano do noroeste amazônico
Palabras clave:
Astronomia nas Culturas, Astronomia Tukáno, Constelações indígenas, CalendáriosResumen
O presente artigo pretende mostrar como foram desenvolvidas propostas de metodologias de pesquisa de campo em astronomia nas culturas, com a finalidade de registrar contribuições dos participantes e conhecedores tradicionais, em oficinas ocorridas no médio Rio Tiquié (Bacia do Rio Negro – Amazônia brasileira), entre os anos de 2005 e 2007. Participaram dessas oficinas representantes de etnias como Tukáno, Desâna e Tuyúka, dentre outras. São descritas aqui algumas constelações astronômicas segundo os Tukáno na Escola Yupuri, onde ocorreram as oficinas. Partindo de arranjos de estrelas, organizados fora das convenções ocidentais, essa etnia, assim como outras da mesma região, relaciona suas próprias constelações com as variações ambientais como os diferentes níveis do rio, floração, frutificação e outros eventos como suas práticas rituais. Essas complexas relações foram resumidas na representação do que foi chamado de calendário circular. Esse objeto une no mesmo panorama, o céu e o ambiente mais próximo, descritos segundo uma construção compartilhada socialmente.
O grupo Tukáno e outras etnias, nessa região têm representações similares entre si. Nossa investigação também foi desenvolvida com o propósito de dar visibilidade às representações de um conjunto de constelações astronômicas indígenas, interligadas entre si e com a vida das sociedades do noroeste amazônico, partindo de um referencial Tukáno.
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